Esta situação fez com que as águas salgadas inundem os
campos de arroz levando os produtores a perder produtividade com o arroz na
floração, por ser queimado pelo sal.
Por outro lado, em caso de chuva muito intensa e
demorada, os tubos existentes que substituem as comportas não têm capacidade
para escoar o caudal, podendo originar inundações nos campos.
A necessidade urgente da realização do emparcelamento
agrícola, aliada à destruição das comportas e entrada de água salgada nos
campos, põe em risco os cerca de dois mil hectares de arroz.
De uma produção que há poucos anos era de cerca de 6
toneladas/hectare, neste momento os produtores, em média, apenas produzem 4
toneladas/hectare.
A continuar assim dentro de poucos anos não haverá
condições para produzir arroz na região.
A ADACO reclama a realização urgente do emparcelamento
agrícola e a rápida construção de novas comportas que impeçam a entrada da água
salgada.
A informação dada pela Agência Portuguesa do Ambiente
(APA) de que estão a elaborar um projecto de construção de novas comportas, que
depois ainda têm de esperar por orçamento, deixa no ar que só daqui a 5 ou 6
anos é que a obra se realizará.
Os agricultores não podem esperar tanto tempo. As obras
têm de ser realizadas já.
A ADACO irá pedir uma reunião com carácter de urgência
à delegação de Coimbra da APA.